Revoltas
no Brasil Império
Cabanagem
do Pará: Foi uma revolta popular que ocorreu entre 1835 e1840, na
província do Grão Pará. Grande parte dos participantes desta
revolta, eram pessoas pobres que moravam em cabanas nas beiras dos
rios da região, e eram chamadas de cabanos. Na revolta, se uniram os
cabanos aos
integrantes da elite local (comerciantes e fazendeiros) contra o
governo regencial nesta revolta em
busca da independência da província. Os cabanos também
pretendiam melhores
condições de vida (trabalho, moradia, comida). Já os fazendeiros e
comerciantes, pretendiam obter maior participação nas decisões
administrativas e políticas da província. A
revolta se iniciou no ano de 1835, os cabanos ocuparam a cidade de
Belém (capital da província) e colocaram na presidência da
província Félix Malcher que fez acordos com o governo regencial,
traindo o movimento. Revoltados, os cabanos mataram Malcher e
colocaram no lugar o lavrador Francisco Pedro Vinagre (sucedido por
Eduardo Angelim). Após cinco anos de combates, com cerca de 30 mil
pessoas mortas, o governo regencial conseguiu reprimir a revolta e
ela terminou sem que os cabanos conseguissem atingir seus objetivos.
(Na imagem, a província do Grão Pará.)
Balaiada: Revolta que ocorreu na província do Maranhão, entre 1838 a 1841. Recebeu esse nome devido a uma das principais lideranças do movimento, Manoel Francisco dos Anjos Ferreira, o "Balaio". A revolta ocorreu pelas condições de miséria e opressão, na qual a região estava passando, já que a província passava por uma grande crise econômica e sua principal riqueza, o algodão, sofria uma forte concorrência no mercado internacional e com isso o produto perdeu preço e compradores no exterior. Os balaios conseguiram tomar a cidade de Caxias em 1839, uma das mais importantes do Maranhão e organizaram um governo provisório que adotou algumas medidas de grande repercussão política, como a decretação do fim da Guarda Nacional e a expulsão dos portugueses residentes na cidade. O que logo levou a radicalização do movimento ao se juntar á ele desordeiros e criminosos. Surgiram novos líderes, como o negro Cosme Bento, líder de um quilombo que reunia cerca de 3 mil escravos fugitivos, e o vaqueiro Raimundo Gomes. O movimento de revolta foi contido em 1841 e o combate aos balaios foi bastante violento. Cerca de 12 mil sertanejos e escravos morreram nos combates e os revoltosos que restaram foram presos. A vitória sobre a balaiada levou o coronel Luís Alves de Lima e Silva a ser condecorado pelo imperador com um título de nobreza: Barão de Caxias.
(Na imagem, Fabricantes de balaios.)
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