Esse
talvez seja o console mais querido de todos que nasceram nos anos 70 e 80, e um
dos mais populares no Brasil na época.
A
Atari ficava em Sunnyvale, na Califórnia. Alguns funcionários da companhia,
mais precisamente os designers Steve Meyer, Joe Decuir e Harold Lee, iniciaram
um projeto chamado Stella em 1976. O dono da Atari, Steve Bushnell, percebeu
que não teria fundos suficientes para que eles concluíssem o ambicioso projeto,
então ele vendeu a Atari para a Warner Communications em outubro do mesmo ano
por 28 milhões de dólares.
O
Stella, sobre o nome de Atari 2600, foi lançado em 1977, mas se tornou
realmente um fenômeno mundial em 1978.
As
primeiras unidades desse console eram constituídas de uma carcaça de plástico
pesada, e com seis botões, o que levou a ser apelidado de Heavy Sixy (Pesadão de Seis).
Este
console seria o pioneiro dos consoles atuais, pois trazia algo que não existia
nos outros: A possibilidade de jogar centenas de jogos em um único aparelho. Isso
só aconteceu pois o video game possuía pouca memória Ram (cerca de 128 bytes),
para diminuir custos de fabricação, o que impedia a gravação de muitos
arquivos.
Por
causa da pouca memória, foram criado blocos de memória Rom (faz com que
arquivos não precisem ser gravados na memória ram) mais conhecidos como
cartuchos.
A Activision
Apesar
do grande sucesso do console, por dentro a empresa estava passando por uma
situação difícil, os programadores dos jogos estavam insatisfeitos pelo fato de
não levarem crédito algum por seus jogos, o que realmente ocorria, pois o nome
dos programadores eram sigilosos e não podiam aparecer nas telas de forma
alguma.
Com
a neutralidade da empresa em relação a insatisfação dos programadores, 4 deles
resolveram se desligar da empresa e criarem sua própria desenvolvedora de
jogos. Foi aí que a Activision nasceu, lançando mais tarde inúmeros clássicos,
que fizeram sucesso imediato no console, como por exemplo: River Raid, Hero e Asteroids.
Com
o sucesso da Activision, várias outras pequenas empresas iniciaram a produção
de jogos para o Atari 2600, enchendo o mercado de novos games.
O Atari 2600 no Brasil
Na década de 1980 durante o regime militar, a importação de equipamentos eletrônicos em geral era proibida, com a finalidade de incentivar a industria nacional. A lei também incluía os produtos de informática, assim como os video games.
Com
o sucesso mundial do Atari, as empresas brasileiras começaram a vender seus
próprios consoles baseados no console norte-americano. Com isso surgiu o
primeiro video game brasileiro, o Top Game, produzido pela Bit Eletrônica em
1981.
A
Bit Eletrônica temendo por problemas de legalização, mudou o tipo do conector do
cartucho, mas isso impediu a compatibilidade com os cartuchos da Atari, fazendo
o video game ter uma venda baixa, pouco tempo depois ela lançou um adaptador,
mas já era tarde demais.
No
ano de 1983, o primeiro console realmente compatível com o Atari foi o
"Dactari", fabricado pela Sayfi Eletrônica, que tinha um design praticamenta copiado do Atari 2600 original, com os primeiros lotes sendo vendidos exclusivamente pela Computerland.
Pouco tempo depois, a Dynacom anuncia o lançamento de seu console compatível com o Atari, o famoso Dynavision. O console tinha um design original e características atraentes: entrada dos controles na parte da frente do console e um circuito que removia o "chiado" da TV quando o console era desligado para troca de cartuchos. A Dynacom mostrou seu protótipo na UD (a UD era uma feira de "demonstração" de produtos eletro-eletrônicos).
A Polyvox, que até então era uma empresa especializada na venda de aparelhos de som, assinou um contrato com a Atari Corp. dos EUA, para a distribuição do Atari 2600 Video Computer System no Brasil. A empresa fez então uma grande campanha publicitária, com comerciais, anúncios, panfletos, etc, lançando no final de agosto de 1983 o tão esperado Atari 2600 VCS nacional. Junto com o console vieram 28 cartuchos da Atari, com caixa, manual e acabamento impecáveis.
Fontes: Atari, Jogos de Atari e Memoria Bit.
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