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domingo, 25 de junho de 2017

Críticas à reforma do ensino médio


Críticas à reforma do ensino médio, discutida em um texto anterior do blog.


À favor

Cleverson Lino Batista, professor de filosofia, ética e sociologia do ensino médio no Colégio São Pedro do Vaticano e do ensino fundamental na Rede Coleguium em Belo Horizonte, diz que a MP é positiva ao trazer o ensino técnico ao ensino médio. “É muito importante, principalmente para os mais pobres. É uma oportunidade de inserção no mercado de trabalho”. Para ele, outro ponto positivo é a possibilidade do estudante escolher a trajetória de ensino.
A MP é uma tentativa importante [de melhorar o ensino médio]. Atualmente, ela não dá perspectiva para muita gente que não vai fazer o vestibular. Não tem essa possibilidade de encarar, dentro do ensino médio, a especificidade de cada emprego, de cada mercado de trabalho e profissão. Com o ensino técnico, o estudante pode ter essa oportunidade de lidar com a profissão”, defende.                                                                                                                    O professor de filosofia Djalma Silveira, da Escola Estadual José Barbosa Rodrigues, em Campo Grande, defende que o ensino médio necessita de uma reforma. Sobre o ensino técnico, é preciso levantar o que o país quer. Temos um Estado que mais atrapalha do que ajuda quando se quer abrir uma empresa, investir, criar renda. O estudante sai do ensino médio com sonho de emprego e no final não tem. Sou a favor do ensino técnico, mas é preciso discutir que país se quer para que a escola acompanhe”, defende.

Contra

O coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, classifica a MP como uma volta ao passado, mas no sentido de retrocesso para a educação pública brasileira.
[A reforma] faz com que os estudantes sejam divididos entre aqueles que vão ter acesso a um ensino propedêutico e aqueles que vão ter acesso a um ensino técnico de baixa qualidade. Temer teve a coragem ou a pachorra de assumir isso quando enfatiza que na época dele a educação se dividia entre clássico e científico, que eram dois caminhos que geravam uma educação incompleta”, explica.
Ricardo Falzetta Gerente de conteúdo do movimento Todos pela Educação, ao Nexo “Temos um grande déficit de professores que tende a piorar e a formação não está a contento. Ao mesmo tempo, há muitos profissionais capacitados e conhecedores do assunto, mas um professor da área de exatas não vai entrar na sala e dar boa aula só porque sabe o conteúdo. A didática não envolve apenas conhecimento do conteúdo, mas de saber ensinar e entender o processo como a criança aprende.”
 

Para o Dimorvan Brescancim, diretor geral do IFMT campus Primavera do leste, a reforma é boa se for aplicada da forma como está no papel, entretanto, o investimento que está previsto para a reforma não será suficiente para o necessário. As escolas que hoje trabalham em um período já passam por carência de investimentos e elas terão de trabalhar o dobro, por dois períodos, necessitando de mais professores, projetos de lazer e cultura  e uma estrutura melhor.









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