De acordo o livro Iniciação à Sociologia a criação da Liga Comunista, que foi a primeira organização comunista internacional do proletariado, fundada em 1847 em Londres por Karl Marx e Friedrich Engels, resultou o Manifesto do Partido Comunista, estabelecia os fundamentos teóricos e os objetivos do movimento operário internacional, diversas teorias políticas disputaram entre si e sobretudo com o marxismo.
Marx e Engels diziam que o Estado não é a fonte de restauração ou regulação da sociedade, ao contrário, o Estado é o produto das relações dos homens, uma relação de opressão, porque os homens ocupam oposições desiguais.
Os autores acreditavam revolucionar a sociedade a partir de iniciativas exemplares e filantrópicas, num exercício de total voluntarismo, não percebendo que a tal revolução só aconteceria por meio da luta revolucionária dos trabalhadores.
Suas ideias apoiavam no próprio desenvolvimento do capitalismo: expansão dos mercados e o aumento da produtividade por meio do desenvolver técnico levariam a uma concorrência desenfreada, provocaria crises de superprodução e a formação de monopólios, que, levariam a progressiva concentração do capital.
Trecho do livro O capital, onde aponta essa expansão e a circulação do mercado: “A circulação simples de mercadorias – a venda para a compra – serve de meio para uma finalidade que se encontra fora da circulação, a apropriação de valores de uso, a satisfação de necessidades. A circulação do dinheiro como capital é, ao contrário, um fim em si mesmo, pois a valorização do valor existe apenas no interior desse movimento sempre renovado [...]"
MOVIMENTO OPERÁRIO (FIM)
A consequência maior desse processo seria a crescente ampliação da massa de trabalhadores, pequenos industriais e pequenos comerciantes sofreriam com isso por sofrer uma grande concorrência de poder, ficando sem posse de meios de produção, para solucionar esse problema teriam que vender sua força de trabalho como mercadoria, estando assim também sujeitos a concorrência.
Para Marx e Engels, concebiam a classe operária como essencial revolucionária, isso acontecia, pois, os interesses implicavam na concentração do capital nos menores da sociedade, ao contrário a defesa dos interesses dos proletariados implicavam a negação dos interesses burgueses e a construção de uma sociedade sem classes, para ocorrer isso os operários deveriam organizar forma de lutas.
O movimento operário chegou ao fim do século XIX com consciência crítica sobre a sociedade capitalista e tendo claro o seu papel de sujeito das transformações sociais. Mas com influencias marxista, que consolidava a partir da Segunda Internacional em linhas gerias, seguiu hegemônica até o século XX. Com o marxismo, conflitaram as ideias anarquistas.
Para Marx, enquanto advogava a socialização dos meios de produção e o planejamento centralizado via Estado, a facção anarquista advogava uma federação de comunidades locais e auto administradas.
Revolução Russa (1917), o Estado foi tomado pela elite do operariado. O movimento tornou-se uma ameaça para o mundo capitalista. E com essa ameaça que se somou com a crise de superprodução do final dos anos 20, que acabou abalando toda a economia capitalista, mostrando a inviabilidade do capitalismo clássico.
A resposta burguesa ao avanço operário se deu com o Estado do Bem-Estar Social, a partir dos anos 40. O Estado de Bem-Estar Social garantiu a acumulação capitalista a partir de uma planejamento econômico central assim evitando as crises de superprodução, já através de políticas sociais, conteve o avanço operário ao atender suas necessidades básicas.
Assim o Estado de Bem-Estar social, desestimula sensivelmente as mobilizações operárias que, visavam alcançar o objetivo da tomada do estado e fazer com que o movimento operário, diante dos Parlamentos enfraquecidos pela concentração de poderes nos Executivos centrasse suas lutas no campo sindical, cujo os limites das ações era determinado pelo atendimento ou não de suas reivindicações trabalhistas.
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