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sexta-feira, 5 de maio de 2017

A reforma do ensino médio



A reforma do ensino médio é uma mudança na estrutura do sistema atual do ensino médio. Propõe a flexibilização da grade curricular. O novo modelo permite que o estudante escolha a área de conhecimento para aprofundar seus estudos. A nova estrutura terá uma parte que será comum e obrigatória a todas as escolas e outra parte flexível.

 As disciplinas obrigatórias nos 3 anos de ensino médio serão língua portuguesa e matemática. O restante do tempo será dedicado ao aprofundamento acadêmico nas áreas eletivas ou a cursos técnicos, a seguir: I – linguagens e suas tecnologias; II – matemática e suas tecnologias; III – ciências da natureza e suas tecnologias; IV – ciências humanas e sociais aplicadas; V – formação técnica e profissional.

A reforma do ensino médio prevê ainda uma Política de Fomento de Escolas em Tempo Integral. Está previsto um investimento do Governo Federal de R$ 1,5 bilhão até 2018 criando 500 mil novas matrículas de tempo integral. Atualmente, são 386 mil alunos matriculados no ensino médio em tempo integral, o que representa 5% do total. A MP não determina que todas as escolas passem a ter o ensino médio integral.
A medida permite que os sistemas de ensino autorizem profissionais com notório saber para ministrar aulas exclusivamente em disciplinas dos cursos técnicos e profissionalizantes, como já acontece hoje no sistema S como o SENAC, SENAR, SESC, SENAI, SESI, SENAE, entre outros . A formação de professores se dará da mesma forma como a legislação atual prevê. O professor com licenciatura poderá fazer complementação pedagógica para dar aula de outra disciplina dentro da sua área de conhecimento.
A previsão é que, até meados de 2017, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino médio seja encaminhada ao Conselho Nacional de Educação, que terá de aprová-la para depois ser homologada pelo MEC. Só depois disso, o novo ensino médio poderá ser implementado.
A medida provisória, no entanto, limita o conteúdo dos vestibulares ao que será estipulado pela BNCC.
O Ministério da Educação (MEC) investiu R$ 295 mil para bancar vídeos em seis canais no YouTube (Rafael Moreira, Malena, Você Sabia?, Pyong Lee, T3ddy e Rato Borrachudo), defendendo que são um meio adequado para falar com o público afetado pelas mudanças. O governo federal também investiu na publicidade em mídias tradicionais, como televisão e rádio. 
A reforma chegou a ser contestada por especialistas e por uma parcela dos estudantes, que ocuparam escolas em todo o Brasil contra a MP. 

Em uma próxima postagem apresentaremos críticas a favor e contra a reforma.

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